sexta-feira, 20 de julho de 2007

Nossas Ervilhas

Sabe... Eu não gosto de ervilhas. Sempre separo todas no canto do prato antes de iniciar a refeição. E tenho enjoo apenas de olhar para um bolo amarelo sem cobertura. Se tiver cobertura ainda vai, mas sem cobetura é garantia de estômago embrulhado e falta de apetite pelo resto do dia.
Adoro arroz com feijão, mas tenho nojo de feijoada. Nunca comi carne com gorduras ou nervos e agora sou vegetariana.
Me chamem de fresca, mas a verdade é que todos temos nossos pequenos caprichos, sejam eles culinários ou não.
É mais do que justo, afinal somos livres para gostar ou desgostar do que bem entendermos.
Falo por mim quando digo que simplesmente odeio que critiquem meus gostos. Onde raios enfiaram a liberdade de expressão?
Mas nós nunca nos lembramos dos nossos próprios caprichos quando o assunto são os defeitos alheios. Nunca pensamos que aquilo que parece absurdo para nós pode ser normal para eles e vice-versa. Fazemos exatamente o que detestaríamos que fizessem conosco. Criticamo-os e julgamo-os como se fôssemos seres perfeitos, incapazes de ver naquele vidro um espelho.
E agora eu me pergunto: Que importância tem as ervilhas? Seria eu uma pessoa pior apenas por sentir uma certa antipatia pelas mesmas? Poderia esse fato ser crucial no julgamento do meu caráter? Não creio...
Assim como muitos julgam livros pela capa e poucos realmente se preocupam e lê-los, muitos julgam pessoas pelas aparências, sem realmente conhecê-las. Mas a verdade é que apenas aqueles que leram os livros podem vir a ter suas críticas publicadas. porque elese sabem do que estão falando, e é a opinião deles que importa.

*Beijocas de Chocolate

4 comentários:

H K Merton disse...

Olá, garota de verde!

Acho que eu nunca serei um bom brasileiro, porque eu detesto arroz com feijão, e isso aqui no Brasil é um pecado mortal!

Ou eu como arroz ou feijão (de vez em quando). Os dois juntos pra mim não desce. Também não gosto de futebol, não gosto de samba, axé, e nem de carnaval... quando ouço Seu Jorge e Ana Carolina cantando aquela versão mal feita da música "The Blower’s" - "é isso aíííííííííííí..." corro pro banheiro na hora, é diarréia na certa...

Será que estou no país errado? Bem, em todo caso, voltando ao tema do post, olha, nós nunca daríamos certo juntos, porque eu gosto de ervilhas!

Obrigado pela visita no ADA, e respondendo o que você falou por lá, sim, eu acho belíssimo esse contraste. Triste e belo. A tristeza faz parte. É como se precisássemos dela para entender a alegria.

Abraço, e eu achei muito interessantes as suas idéias.

Leonardo Petersen Lamha disse...

Se pararmos pra pensar que tudo isso de consciencia e opinião não passam de idéias humanas, e qualquer idéia humana além de estar fadado ao erro simplesmente nada siginifca diante do mundo, já que tudo provém dele e não há verdade absoluta de nenhum tipo, tudo parece tão... triste.. ainda mais quando se relaciona cmo o fato de todas essas idéias serem nada senão impulsos elétricos misturado com uns flu;idos no sangue e um pouco de luz refletida nos olhos, pelo menos Eu quando penso isso me sinto mais patético ainda.

hmm.. não sei se tve muito aver com o que voce postou, mas seu texto me fez refletir sobre essas coisas..

e quanto aos meus posts serem cmoplexos, na verdade eles nao sao, eles só parecem.. esse ultimo dai que me deu vontade de sair escrevedno o que viesse à mente, somente há nele umas ideias vagas..

beijos de doce de leite pra combinar:*

Prill disse...

cara garota de verde:

por isso me interesso pela antropologia e a sociologia. é a coisa de colocar-se no lugar do outro. olha que tem gente à beça que faz isso.
mas algo que eu sempre penso é: há limites pra frivolidade? penso que sim, o limite é quando ela esbarra na infelicidade do outro. por exemplo: não como ervilha, vou jogar fora. enquanto isso tá a galera alí fora cheia de fome. se você joga 5 ervilhas fora até ainda vai, mas passou de 5...hunf hunf
mas isso é coisa de gente pobre. pobres e miseráveis têm uma relação muito estranha com comida, a maioria dos judeus também. uma ligação quase pessoal, superprotetora...enfim...

quanto ao comentário que vc deixou lá no Limão:
não é questão de não aproveitar a própria solidão. toda solidão é uma escolha? às vezes não, às vezes se é uma pessoa tão chata que ninguém suporta. de qualquer forma, até que ponto se deve manter a integridade do seu autismo? é isso. acho que você me entendeu mal.

até
obrigada

disse...

Eu não tenho frescura, como de tudo!