domingo, 16 de novembro de 2008


Eu precisei pensar muito a respeito disso. Para ser sincera, ainda estou pensando.

É difícil explicar como pequenos detalhes que você jurava que não tinham importância podem se mostrar tão grandiosos dentro da sua cabeça.

Eu não queria que as coisas fossem assim, não queria que isso importasse tanto. Eu até posso ignorar o fato, mas não posso mudar a forma como ele se manifesta dentro da minha mente.

Talvez valha à pena arriscar, mas certas coisas nós só descobrimos mais tarde, depois que tudo já foi feito.

Ainda há dúvidas por aqui.

Eu ponho tudo na balança e nenhum grama modifica o equilíbrio. Nem meus instintos saem da inércia para me ajudar.

Eu preciso que alguém me diga o que está acontecendo. Alguém que não esteja tão confuso quanto eu.

Esse filme já foi visto várias vezes antes e os finais não foram exatamente variados, mas nunca se sabe o que pode acontecer depois de algum tempo.

Todas as nossas escolhas tem 50% de chances de darem certo. É aí que entra a questão dos riscos. Será que 50% são o suficiente?

Algumas vezes eu tento escrever de forma a disfarçar o que eu realmente quero dizer, e talvez isso funcione, porque nunca ninguém chegou realmente a falar sobre determinadas coisas que eu escondi em meus textos. O que eu não digo é que é exatamente quando eu faço esse tipo de coisa que eu gostaria que fosse interpretado o que está por trás das aparências.

Eu estou falando claramente agora, embora ainda não seja isso que eu quero dizer. Ainda assim, é uma grande pista.
(Alessuza Pires)

sábado, 15 de novembro de 2008


Se não pode me estender um sorriso e me dizer para seguir em frente, apenas não me diga para não ir. Falta de incentivo não vai me impedir, mas é duro ter que seguir sozinha.

Se realmente gosta de mim, me deixe livre para correr atrás de meus sonhos. Eu preciso cometer meus próprios erros para aprender com eles, não posso aprender com os seus.

Se quer me ajudar, não tente me mostrar um caminho diferente, me ajude a traçar de forma diferente o caminho que eu mesma escolhi. Entenda que eu não quero apenas gostar do que faço, não me contento com essa felicidade pela metade; quero fazer o que gosto, tenho essa necessidade de aproveitar tudo que a vida pode me oferecer.

Se não quer que eu te desafie, não o faça primeiro. Tente aceitar que eu sou diferente, que não vejo o mundo da mesma forma que você. Não importa onde eu quero chegar, toda caminhada que eleve a algum lugar onde valha a pena estar requer esforço. Eu não vejo para mim essa vida chata de quem muito se empenha para chegar onde as pessoas acham que seja o melhor lugar.

Se quer me ver feliz, acredite em mim. Acredite que eu sou capaz de seguir o meu caminho e de fazer as coisas darem certo. Não desperte em mim e necessidade de me provar pra você, de te lançar um sorriso convencido da linha de chegada. Esteja lá para sorrir comigo.

Devia saber que eu não vou desistir. Eu tenho a força e a determinação necessárias e sei como chegar onde eu quero. Não tenho medo de tentar e nem de ter de recomeçar do zero caso saia tudo errado. Minha auto-confiança me mantém de cabeça erguida, apesar da sua incredulidade. Sei que você está duvidando. Bem, se acha que eu não posso, apenas assista.
(Alessuza Pires)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

À vó Maria, com carinho!


Hoje a saudade corre profunda no peito, acelera minhas veias e dói no coração.
Queria que ainda estivesse por perto. Talvez seja melhor assim; não saberemos. Faltou uma chance para ser tudo diferente.
Obrigada por ter estado aqui, por ter me amado, e por ter cuidado de mim.
Desculpe estar chorando. É só essa saudade que engasga na minha garganta e deixa a vontade de ter dito só mais uma vez o quanto eu te amo.
Vou cumprir todas as promessas, não se preocupe. Até mesmo aquelas que não chegaram a ser ditas.
Vá em paz. Que encontre agora a felicidade que sempre te pertenceu. Um dia nos veremos novamente. Até lá, apenas continue me amando.

(Alessuza Pires)

domingo, 9 de novembro de 2008

Efêmera Intensidade


Você me disse tantas coisas com seus gestos.
Coisas que eu só poderia sonhar serem reais.
Talvez seja essa a razão da minha incerteza quanto à veracidade de tudo isso.
Poderia eu dizer que foi intenso quando a verdade é que durou apenas um momento?
Quem sabe? Há momentos intensos, afinal.
De qualquer forma, eu não saberia.
Intensidade é sinônimo de profundidade?
Porque se for,não foi profundo. Ou intenso. Senão, eu ainda não saberia.
Mas, como tudo é relativo, não há o que se dizer a respeito.
Não que tenham havido muitas palavras, não é mesmo?
Porque eu não tive a oportunidade de olhar seus olhos, ler sua alma; e sem essa leitura nada mais faz sentido.
Acredite em mim; algumas vezes as palavras se fazem necessárias. É preciso falar, dizer algo.
A beleza do silêncio, como qualquer outra, desaparece se a ocasião é inoportuna.
Não me leve a mal. Há algo de atraente sobre todo esse mistério. Mas também há algo de letal.
Como já foi dito, certas coisas ficam melhores quando subentendidas. Outras não.
É um fim. Aceite. Compreenda. E tente não me esquecer.
(Alessuza Pires)