sexta-feira, 21 de março de 2008


Quando eu era menor costumava ter mais inspiração. Sabia exatamente o que queria dizer e não me faltavam temas para escrever. Tudo podia se transformar numa ótima história, num ótimo poema.
Agora observe bem o contraste. Atualmente nem vontade de escrever eu tenho mais, na maior parte das vezes. E quando quero escrever nunca sei o que dizer, me faltam temas, me sobram opiniões.
Ultimamente eu tenho sentido falta de mim. Falta de ser eu mesma. Porque não o tenho sido já há um tempo considerável. Não o tenho sido nem sei desde quando.
Hoje parei para refletir sobre a vida, o passado, o futuro, como tenho feito muito ultimamente. Então me dei conta de que estou crescendo. Não apenas crescendo, mas me tornando adulta. E confirmei, como já suspeitava há muito tempo, que isso não é nada bom.
Agora eu vou te dizer como você percebe que, finalmente, está se tornando adulta.
É quando você acorda e, antes de abrir as janelas, já está pensando nas coisas importantes que tem para fazer, nos problemas que tem que resolver.
É quando você se pega pensando muito tempo nas conseqüências de algo que quer muito fazer.
É quando você deixa de comer uma bela fatia daquele lindo bolo de chocolate pensando em caber no vestido par a festa do fim de semana.
É quando nada mais parece novidade, porque você preferiu se confromar com o que já conhecia à continuar se surpreendendo.
É quando você sente vergonha de pedir colo para a mãe só porque está triste.
Esses são apenas alguns sintomas. E eu aconselho: assim que senti-los faça o possível para evitar que continuem. Porque a tendência é piorar, sempre!

(Alessuza Pires)

Um comentário:

Unknown disse...

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

………………..paulo leminski